sábado, outubro 04, 2008

------

Fechado. Sem data para reabrir. Contactar aqui.

terça-feira, setembro 30, 2008

Lembra-te


Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos

Mário Cesariny

sexta-feira, setembro 26, 2008

Mamma Mia!

Ninguém, intelectualmente credível, gosta dos ABBA (verdade?). Eu nunca admitirei que até existem algumas canções que... NUNCA! Deve ser por isso que eles venderam e vendem, ainda, tantos discos. Ficando então claro que NÃO gosto dos ABBA (credo!), confesso que fui OBRIGADA a ir ver o filme Mamma Mia, adaptado do musical do mesmo nome. Há cerca de uma semana... E, dano colateral do filme, todos os dias acordo com uma canção diferente a buzinar-me os ouvidos. E não é que me foge o pezinho para a dança?

Vem aí o fim de semana. A silly season acabou, mas podemos fingir que não. E ver uma das mais hilariantes e bem conseguidas sequências deste filme absolutamente silly, kitsch, e onde brilha uma grande senhora que não se importa de admitir que gosta dos ABBA e se diverte à grande no filme: Meryl Streep.


segunda-feira, setembro 22, 2008

Porque em mim há sempre gaivotas


Eu tenho sempre Gaivotas
Do pensamento ao desejo
Que chegam em cada abraço,
Que partem em cada beijo,
Eu tenho sempre Gaivotas
Do pensamento ao desejo!



Eu trago sempre Gaivotas
Neste céu onde eu existo,
Gaivotas de dor profunda,
Dessa dor de que me visto,
Eu trago sempre Gaivotas
Neste céu onde eu existo!



Em mim há sempre Gaivotas
Em bandos, como pardais,
Gaivotas de Liberdade,
Morrem muitas, nascem mais;
Em mim há sempre Gaivotas,
Em bandos, como os pardais!
Que eu, tenho sempre Gaivotas
Do pensamento ao desejo,
Que partem em cada abraço,
Que chegam em cada beijo,
Que nascem no Coração,
Levantam voo da mente,
Gaivotas feitas futuro
E passado e presente,
Gaivotas de todo o Amor,
De sorriso, de partida,
Gaivotas feitas de morte,
De saudade e despedida;
Que ser Gaivota é ser forte,
É ser Livre para Amar,
É ser Livre de partir,
É ser Livre de chegar,
Livremente viajando
Nas vagas de cada olhar;
E, porque me perco no tempo
Por no tempo andar perdida,
Por isso é que há Gaivotas
Dentro de mim, por toda a VIDA!...


Maria Mamede, in Pelas Letras do Alfabeto