já alguma vez te disse
de quanto o teu sorriso me evoca a luz clara da alvorada?
de quanto o teu sorriso me evoca a luz clara da alvorada?
não os poentes ocidentais
de amarelos pintados nas fachadas do casario
mas a serena luz
clara e fria das manhãs
que nos sulca a face
com a claridade azul de uma lágrima
e abre o peito à vida remoçada
de amarelos pintados nas fachadas do casario
mas a serena luz
clara e fria das manhãs
que nos sulca a face
com a claridade azul de uma lágrima
e abre o peito à vida remoçada
entenderás agora
porque me afasto de ti
o justo espaço
do receio
de não caber dentro de mim
tanta luz
tanta ansiedade
este temor de romper
a solidão que me conforta?
Jorge Castro, in "Contra a Corrente"
14 comentários:
sempre uma forma de fuga ao que não conhece
fria mas mais acutilasnte pot tal magoa...
Um belissimo poema.
Bj.
não conhecia...
uma noite BOA.
:)
Adorei o que li, às vezes nos atrapalhamos com o novo e até fugimos, mas vale a pena encarar,mesmo com medo.
Gostei daqui, voltarei mais vezes.
Um abraço!
Vou nesa...
Parabéns por esse outro cantinho seu, perfeito.
beijooo.
O sorriso vence.
Até o eu poético-vidente-precisa de solidão para que o trágico e o belo do Universo não cristalizem num abismo sem véu...vejo isso no poema que nos oferece...
com apreço
Apesar de todos necessitarmos de um "justo espaço de receio", a verdade é que quando os sentimentos são fortes é necessário muito pouco para provocar um sorriso e basta um sorriso para TUDO se tornar possível!
Um excelente fim de semana para ti.
Beijinhos e até breve.
;O)
Luminosidade, sorriso na faciana.
:)
Unha aperta.
Deciosamente só
por prazer
mas desejo
nunca isolada
Não podemos fugir das sombras
para não desdizer a luz
dá-me essa língua mais audível, traz-me coisas simples - lavar, chuvar, aguar
[ assim...
poema muito denso, e reflexivo. não o conhecia. belíssimo. meu abraço.
Belíssimo poema.
(Não conhecia o Jorge Castro)
Bjs
Lindíssimo poema!
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