segunda-feira, agosto 18, 2008

Fechei o sol




Fechei o sol no meu quarto
de paredes limpas, imaculadas e discreto,
mas, a toda a volta, cresceu um vazio preto.

A esta gloriosa exposição eu me submeto:
-Falo com os botões, em contra-luz, e olho o tecto,
até ficar farto.

A noite cai agora, mansamente.
Abro a porta ao vento livre, do deserto,
para que entrem sombras e silêncios insolentes.

Manuel Filipe

15 comentários:

bsh disse...

Quem me dera guardar o sol num dos recantos da casa para acordar e receber os seus raios.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

JPD disse...

A casa como reduto de imaculada exposição á luz.

Depois, a noite, a rainha das ilusões, eis a abertura as sombras identitárias...à insolência acústica...O sossego, o apaziguamento.

Belo poema
Bj

Pedro Branco disse...

Nunca feches o Sol. Mesmo no teu quarto único...

Germano Viana Xavier disse...

o escuro da vida também pode nos ser um boa companhia...

hfm disse...

e sempre o silêncio.

Lyra disse...

Voltei de férias e vim feliz!
Há sol dentro de mim
Respiro todas as cores
Há Verão, há flores
Como é bom sentirmo-nos assim!

Um grande beijinho e até breve.

;O)

ROSASIVENTOS disse...

Rosa rosa rosamRosae rosae rosaRosae rosae rosasi rosaRosaRosa
rum rosis
ros

is ros
is



[leaving one :)

Mar Arável disse...

Manuel Filipe

bela memória

M. disse...

Também muito belo aqui.

As palavras que te digo disse...

Não feches o sol nunca pois sem ele nada somos.
Beijinhos-Salomé

Manuel Veiga disse...

sombras e silêncios insolentes. que os não transporta?...

belo poema.

beijo

Camila :) disse...

*-------------------*

(esa carinha diz tudo neh?)

dona tela disse...

Xaaaauuu!!!!

as velas ardem ate ao fim disse...

Hoje está lindo o sol!

bjo

Mateso disse...

O sol guarda-se em nós na memória dos tempos.
Bj.