terça-feira, abril 15, 2008

Dentro da árvore



Por entre os ramos e as sombras sem tristeza
em claro e sonâmbulo vagar
mais baixo do que o dia com suas lâmpadas de espuma
em abóbadas de sombra entre o verde e a cinza.

Era a terra do sono e da solidão e da partilha
e a respiração da ausência. O destino
era próximo da mesa da folhagem, a sede
calma. E o sentido era um sonho
que se encarnava num flanco aberto.

Porque nascíamos em núpcias transparentes
com o ar adormecido num meio dia completo.
Porque no fundo escuro amávamos a altura verde
e recebíamos a frescura de uns dedos ignorados.

António Ramos Rosa

12 comentários:

Mateso disse...

Tão Belo! Que sensação de Paz.
Como gostei. Obrigada. Beijo.

José Louro disse...

Sim, paz. Gostei muito.

Lyra disse...

Olha...se revelares os teus segredos ao vento, não o culpes por os revelar às árvores (risos).

Adorei1

Beijinhos e até breve.

;O)

un dress disse...

dentro da árvore: seiva

e

lava





e sempre......................

ramos rosa diz melhor...


beijO

Anônimo disse...

As árvores que enceram tntos segredos...belo espaço este...

Doce meu beijo

meus rastosssssssssss

aqui em poemas____________

http://haflordapele.blodspot.com

Aqui em pensamentos___________

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá minha querida Maria Laura, Lindíssima foto, que em conjunto com o poema, deu um post forte e belíssimo!!!
Beijinhos de carinho,
Fernandinha

vieira calado disse...

Belo poema do infatigável Ramos Rosa. Com a idade que tem, ainda compõe dois ou três poemas por dia!

Beijinhos

Manuel Veiga disse...

suave e nostálgico. como dedos desejados...

belo.

Anônimo disse...

Belo!Regressado aos poucos.Beijinhos e bom fim de semana.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querida Maria Laura, venho desejar-te um belíssimo fim de semana!
Beijinhos do coração,
Fernandinha

as velas ardem ate ao fim disse...

Sente se a Paz neste poema.

um bjo e bfs

Germano Viana Xavier disse...

É na alvura do que ainda é insuspeito, minha querida, que se esconde a ãnsia nossa pela vida.

E teu espaço é acalanto bom de sentir...

Beijos mais!

Germano