terça-feira, julho 22, 2008

Abrigo


Abrigo-me de ti
de mim não sei
há dias em que fujo
e que me evado

há horas em que a raiva
não sequei
nem a inveja rasguei
ou a desfaço

Há dias em que nego
e outros onde nasço

há dias só de fogo
e outros tão rasgados

Aqueles onde habito com tantos
dias vagos.


Maria Teresa Horta

21 comentários:

~pi disse...

bancos soltos que se abram

ao corpo assim

deitado




~

Secreta disse...

Há dias em que os dias são demasiado.
A imagem é fantástica.
Beijito.

tchi disse...

Ainda que vagos... são habitados os dias, mesmo que as noites sejam de silêncios guardados.

Beijinho.

R. Sant'Anna disse...

Somos sempre inconstantes...
Maravilhosa a fotografia.

grande abraço

bettips disse...

E sentadas em nada olhamos o mar. A calma, de reconhecer espaços nossos.
Bjinhos

hfm disse...

Há dias junto ao mar e que mar...

Germano Viana Xavier disse...

Um poema sobre o tempo dual.

O que somos nós senão seres mutantes?

Abraços de estima, Maria.
Germano

Anônimo disse...

foto deslumbrante para um poema que amanhece em cada verso. meu abraço.

Manuel Veiga disse...

guarda os dias de fogo...
e os dias vagos

muito belo.

beijo

Nilson Barcelli disse...

Belíssima escolha cara amiga.
Poema e foto.

Beijinhos.

Unknown disse...

Que bonito poema!

Beijinho e um grande sorriso,

Rita

ROSASIVENTOS disse...

ali onde até bettelheim sorriria complacente e incrédulo desta branca de neve

espalmada

Mateso disse...

Belíssimo.. não há dias ssim? Eu sei que os há.
Bj.

Anônimo disse...

poostaa maaiss
eeu volto
http://imensidadx3.blogspot.com

Marinha de Allegue disse...

Bancos que abrigan conversas, esperanzas, esperas...

Unha aperta.
:)

Heduardo Kiesse disse...

mais um beijão meu!!!

CNS disse...

Há dias em que o demasiado de tudo se esbate no pequeno momento de um poema como este. Obrigada

Pedro Branco disse...

Há dias em que existir é mesmo assim...

Dan Vícola disse...

E há dias de respirar fundo e seguir adiante - não porque o queiramos, mas porque é assim que deve ser feito!

=)

dona tela disse...

Assim é que eu gosto. Bons programas.

As minhas cordiais saudações.

Flutuações da mente disse...

Há momentos em que as palavras não saem e que o silêncio murmura sensações lindas e sentimentos profundos.
Parabéns pela fluídez das palavras.